12 de fev. de 2012

Marcio Lacerda pode ficar inelegível para a reeleição em Belo Horizonte

Conforme consta do Relatório de Movimentação Financeiro da CPMI dos Correios, conhecido como do “Valerioduto e Mensalão”, Lacerda recebeu do esquema de Marcos Valério duas importâncias, a primeira no valor de R$ 300.000,00 e a segunda no valor de R$ 145.000,00. Por articulação e influencia política de Ciro Gomes, de quem Lacerda fora tesoureiro em sua campanha presidencial, foi entregue a CPMI uma declaração do seu cunhado, dono da agência de propaganda New Trade, assumindo que a agência teria recebido a importância e não Lacerda.
Marcos Valério por sua vez afirmou que Lacerda teria apenas intermediado o encontro. Ambas as versões foram desmentidas diante do cruzamento da movimentação financeira das contas bancárias que abasteceram o Mensalão. Todos os participantes do esquema apresentaram suas versões, algumas idênticas a apresentada por Lacerda, e não foram aceitas. O deputado federal Osmar Serraglio, relator da CPMI, consultado, informou que a decisão foi fruto de um “acordo político” para viabilizar a aprovação do Relatório Final da CPMI.
Como Lacerda costuma dizer, “gasto minha fortuna mais vou conseguir”, é bem possível que naquele momento ele tenha tido sucesso. Porém, agora diante do clamor da opinião pública e diante da possibilidade de seu julgamento interferir no que será decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é bem possível que sua fortuna pouco poderá ajudá-lo.
O processo do Mensalão está previsto para ser julgado até maio deste ano e o da lei da Ficha Limpa para os próximos 15 dias. Ambos poderão interferir nos projetos políticos do atual prefeito de Belo Horizonte, que se apresenta como candidato a reeleição.

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