16 de fev. de 2012

Educação não é Mercadoria! Alunos da PUC São Gabriel se organizam contra aumento nas mensalidades



Alunos da PUC protestam contra aumento de 9,8%Reajuste das mensalidades da PUC Minas ficou 50,76% acima da inflação. Escola alega que alta acompanha os custos

Pedro Rocha Franco -

Publicação: 16/02/2012 06:00 Atualização: 16/02/2012 07:26

“Passei no vestibular, mas a faculdade é particular: livros tão caros, tanta taxa pra pagar. Meu dinheiro muito raro, alguém teve que emprestar”, diz o trecho do samba de Martinho da Vila, O pequeno burguês. O refrão da música foi cantado ontem por universitários da PUC Minas, no câmpus São Gabriel, num protesto carnavalesco contra o reajuste das mensalidades da instituição. Munidos de serpentina e confete, dezenas de estudantes sambaram ontem para cobrar da reitoria que revogue o aumento de 9,8% aplicado este ano. Eles questionamo fato de a correção ter superado em 50,76% a inflação oficial no período.

A PUC Minas informou ao Estado de Minas, por meio de sua assessoria de imprensa, que o reajuste considera a variação de preços da planilha de custos da instituição. Estava agendada para ontem uma audiência pública sobre o assunto, mas a reitoria antecipou aos organizadores do protesto que não compareceria. Por isso, um documento deve ser entregue aos representantes da instituição nos próximos dias.


O protesto dos estudantes teve início na semana seguinte ao anúncio oficial do aumento, quando os alunos ainda estavam de férias. Os organizadores do movimento criaram uma petição online para pedir esclarecimento sobre os novos valores da hora-aula, que teve 1,7 mil assinaturas (vale ressaltar que inclusive pessoas que não são matriculadas podem assinar). “Consideramos que essa taxa encontra-se completamente fora da realidade dos estudantes desta instituição, haja vista que o aumento salarial médio dos trabalhadores no ano de 2011 foi de 5,9%. Solicitamos que o reajuste das mensalidades seja revogado, e que se estabeleça, a priori, um diálogo com as instâncias do movimento estudantil acerca de tal medida”, diz o texto.

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