29 de fev. de 2012

SOMOS TODOS PINHEIRINHO: Marrom: 'Um pouco da minha história e a luta do Pinheirinho'



• Meu nome é Valdir Martins de Souza, o Marrom. Comecei a trabalhar muito cedo, aos 10 anos, como todos os garotos que moram na roça. Aos 13 anos perdi parte de um dedo. Não recebi nenhuma indenização, coisa que é muito comum acontecer com as pessoas que neste país afora trabalham na plantação de ramin, na colheita de arroz, trigo, no corte de cana, do sisal, na quebra de coco de babaçu ou ainda outros tipos de trabalho rural.

Até os 18 anos trabalhei de sol a sol, sem carteira assinada. Comia arroz e feijão com molho de mamão verde ou guisado de banana verde, que é como vivem os trabalhadores no norte paranaense.

Depois vim para São José dos Campos. Hoje tenho 54 anos e trabalho há 36 com carteira assinada. Trabalhei na SP Alpargatas, nos Correios, na Rhodia, na Philips, na construção civil, na Avibras e há18 anos trabalho na Tecsat.

Há 14 anos a empresa não deposita INSS, nem FGTS, porque ela entrou em recuperação judicial. O Banco do Brasil, como um dos credores, não quis fazer um acordo para pagar os direitos dos ex-funcionários. E até agora nenhum Juiz ordenou à empresa vender seu terreno para pagar os direitos de centenas de ex-funcionários.

Como funcionário da Tecsat me tornei diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Fui proposto como membro da Executiva Nacional da Conlutas como responsável pelo movimento dos sem-tetos a partir da luta do Pinheirinho, porque sempre gostei do movimento popular. Minhas primeiras experiências nos movimentos sociais se iniciaram nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB´s), no Paraná.

Aí comecei a entender que a saúde, educação e moradia são um direito do povo e responsabilidade do Estado. Já os movimentos sociais, os sindicatos e associações, se querem lutar de verdade pelos direitos dos trabalhadores e do povo, devem ter vida própria, ser independente e se auto-sustentar a partir da contribuição de seus participantes. Por isso sempre defendi que essas organizações não buscassem recursos junto ao Estado ou empresários. Nada de rabo preso com ninguém.

No Pinheirinho provamos que isso é possível. Ali o povo construiu suas casas com pouco dinheiro. O movimento construiu seu barracão de assembléia e atividades culturais, e também sua sede. Humildes, mas sem superfaturamento.

Em 8 anos praticamente construímos um bairro inteiro, onde apesar de todas as dificuldades, quase não tinha crimes, mesmo pequenos roubos. Não precisávamos de Policia, de Marronzinho ou da Guarda Municipal. Tínhamos uma Coordenação responsável por cada setor do bairro, onde tudo se discutia. Os coordenadores faziam reuniões semanais com os moradores de seu setor. E assim mantínhamos o bairro organizado.

Sem dúvida a experiência do Pinheirinho provocou muito desconforto no Poder Público e nas classes ricas, que sempre marginalizaram o povo pobre e não podiam aceitar o que estava ocorrendo.

O Pinheirinho era um projeto independente do povo pobre que estava dando certo, porque as pessoas estavam recuperando sua dignidade e sua auto-estima. Não foi à toa que o Pinheirinho foi tomado como estudo em diversas teses de mestrado.

Por isso penso que além dos interesses econômicos que levaram à desocupação, havia também razões políticas. Tinha que se impedir a todo o custo que o Pinheirinho fosse um exemplo a ser seguido. Não se podia deixar passar a idéia de que o povo pobre é capaz de se organizar e construir sua própria vida de forma independente, sem depender de favor político.

Isso é o que explica toda uma campanha que foi feita para desmoralizar o bairro, passando a idéia que ali só tinha bandidos e traficantes. Por isso toda tentativa de criminalizar o movimento, de perseguir e a difamar seus dirigentes. Essa campanha é parte de uma campanha maior para desmoralizar a luta do nosso povo. Mas enquanto houver injustiça social, nossa luta continua. Vamos mostrar que temos mais dignidade que essa gente, que apesar de ter mais condições econômicas que o povo do Pinheirinho, não são nenhum exemplo, porque tem as mãos bastante sujas. O episódio da desocupação do Pinheirinho deixa isso bastante claro.

Agradeço o grande apoio que temos recebido dos movimentos sociais, dos artistas, juristas, dos partidos de esquerda e de muitos parlamentares como é o caso do Senador Suplicy.


São José dos Campos, 22/02/2012

Valdir Martins (Marron)

28 de fev. de 2012

NOTA DE REPÚDIO DO CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA ao manifesto do Conselho Federal de Medicina quanto ao Ato Médico


O Conselho Federal de Psicologia vem a público lamentar as palavras do Presidente do Conselho Federal de Medicina, publicadas na matéria do jornal Estado de São Paulo, no dia 8 de fevereiro, após aprovação do PL do Ato Médico, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, pois estas não refletem o real papel da Psicologia, como ciência e profissão, e acreditamos que tampouco represente a visão da categoria dos médicos.

Quando diz que para diagnosticar a depressão os psicólogos precisariam estudar psiquiatria em sua fala “Como tratarão neuroses, esquizofrenia? Só com papo e conversa? De jeito nenhum. Essas doenças são causadas por deficiências bioquímicas, e os pacientes precisam de medicamentos.”, o presidente do CFM demonstra total falta de respeito com uma categoria que estuda a saúde mental, em seus pormenores, durante os cinco anos do curso de graduação em Psicologia. Ao dizer que os psicólogos não são capazes de diagnosticar, o Presidente demonstra total desconhecimento de nossa profissão e desrespeita uma categoria que estuda o diagnóstico mental, inclusive, por mais tempo que os médicos. Isto sem contar com a residência e pós-graduação em Psicologia, que permitem que os psicólogos aprofundem ainda mais os conhecimentos sobre o tema e técnicas e conhecimento relativos ao diagnóstico.

Da forma como descreve a atuação dos psicólogos, o presidente banaliza uma técnica utilizada há mais de cem anos, a Psicoterapia, e nega o princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde, que visa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência, englobando ações de promoção, proteção e recuperação da saúde! Ou seja, em nome do corporativismo médico, o presidente do CFM, equivocadamente, sugere que se ignore a visão do homem em todas as suas dimensões, psicológicas e sociais,, conforme a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde como situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.

O presidente do CFM, com suas palavras, demonstra pensar ser o medicamento o carro-chefe do tratamento, limitado à prescrição e reduzindo o homem a uma forma puramente biológica.

Importante lembrar que o Direito à saúde faz parte dos direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas, reconhecido na Constituição Federal de 1988, de modo não limitado, e sim multiprofissional e integral.

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.

A Psicologia repudia essa fala pois tem certeza que não só os psicólogos, mas os próprios médicos não concordam com uma posição retrógrada e limitada como esta.

Conferência em Londres discute futuro da Somália : como assim???

Enquanto representantes das potências ocidentais debatem a situação no país africano, manifestante protestam contra uma possível intervenção militar estrangeira

24/02/2012

J. R. Penteado,
de Londres


Representantes de mais de 40 países do mundo compareceram na quinta-feira (23), em Londres, a uma conferência convocada para tratar sobre o futuro da Somália, país que se arrasta em um conflito interno armado há mais de duas décadas. O primeiro-ministro britânico David Cameron abriu o encontro, que contou também com a presença da Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o governo do Reino Unido e os de outros países europeus estariam considerando a hipótese de realizar ataques a alguns pontos estratégicos do país africano, visando campos de treinamento de grupos islâmicos insurgentes e de piratas somalis. Segundo Cameron, “a Somália é um estado falido que ameaça diretamente os interesses britânicos.”

O primeiro-ministro do Reino Unido recentemente manifestou preocupação com o grupo islâmico al-Shabaab, filiado à Al-Qaeda, e que vem travando batalhas contra as forças militares da União Africana na Somália. Mais de 200 estrangeiros estiveram em campos de treinamento do grupo nos últimos 6 anos, sendo 40 deles britânicos.

O encontro ocorre em um momento que o governo transitório somali, que tem sobrevivido graças à presença das forças militares externas, deve deixar o poder em agosto. Ainda segundo o jornal The Guardian, um rascunho de um comunicado oficial, que veio a público após um vazamento, afirma que o governo transitório atual será substituído por uma nova autoridade, que deverá se manter em cargo até que uma nova constituição seja elaborada e aprovada, e até que novas eleições ocorram.

Foto: J. R. Penteado

Do lado de fora do prédio da conferência, cerca de 50 pessoas, em sua maioria somalis, protestavam contra a possível intervenção estrangeira no país. Para Duale Yousof, membro da organização “Voice 4 Somalia”, o principal motivo do súbito interesse do Ocidente em agir no país africano tem a ver com petróleo. “Foram descobertas jazidas de petróleo na Somália recentemente. Esse é o grande motivo das forças do Ocidente estarem dispostas a invadir nosso país agora.”

Em janeiro, a BBC noticiou que a petroleira canadense Africa Oil começou a exploração de uma área na Somália que pode conter 4 bilhões de barris de petróleo em reserva.

Sobre a questão da pirataria, ele acrescenta: “Por anos, grandes navios pesqueiros estrangeiros foram à nossa costa e praticaram pesca predatória, além da grande quantidade de lixo tóxico despejado na região. Isso tudo acabou com todos os nossos peixes, deixando os pescadores locais sem nada. A pirataria é sim um problema, mas também é reflexo dessas ações praticadas pelo Ocidente.”

Diversas mulheres também participaram do protesto, empunhando cartazes que clamavam pelos direitos das mulheres na Somália. Muna Hassam, de Somalilândia, região autônoma do país, fez acusações contra o governo transitório. “O governo atual diz que as mulheres estão seguras, mas é mentira. As mulheres somalis são constantemente vítimas de estupro em meio ao conflito armado instalado.”

Para Hassam, a conferência seria apenas uma fachada para uma futura intervenção na Somália. “Eles já decidiram tudo. O que está acontecendo aí é uma mera formalidade. Eles querem dividir o país para servir aos seus próprios interesses.”

Já Abdi Aakhiro, membro da organização Fight for Somalia, critica diretamente o primeiro-ministro do Reino Unido. “David Cameron disse que a Somália é um Estado falido, mas isso não é verdade. Nós podemos governar nosso país, nós podemos tomar conta de nós mesmos.” E ainda acrescenta. “Somos totalmente contra essa guerra terceirizada que os governos norte-americano e britânico querem implementar, ao financiar os exércitos do Quênia, Etiópia e de Uganda para invadir nosso país.”

Em 2006, forças da Etiópia patrocinadas pelo Ocidente entraram na Somália para expulsar da capital Mogadíscio as forças do então governo islâmico da União de Cortes Islâmicas.

27 de fev. de 2012

Violência Doméstica - CRP MG


MPF quer tirar de circulação o dicionário Houaiss, por ele conter explicações racistas

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na Justiça Federal em Uberlândia (MG) para tirar de circulação o dicionário Houaiss, um dos mais conceituados do mercado. Segundo o MPF, a publicação contém expressões "pejorativas e preconceituosas", pratica racismo aos ciganos e não atendeu recomendações de alterar o texto, como fizeram outras duas editoras com seus dicionários.

O caso teve início em 2009, quando a Procuradoria da República recebeu representação de uma pessoa de origem cigana afirmando que havia preconceito por parte dos dicionários brasileiros em relação à etnia. No Brasil, há aproximadamente 600 mil ciganos. Desde então, segundo o MPF, foram enviados "diversos ofícios e recomendações" às editoras para que mudassem o verbete. As editoras Globo e Melhoramentos, de acordo com o órgão, atenderam às recomendações.

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Carnavalizar o urbano. Avante BH!





Carnavalizar o urbano. Avante BH!

Joviano Mayer[1]

“Vai passar nessa avenida um samba popular. Cada paralelepípedo da velha cidade esta noite vai se arrepiar. (...) Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar a evolução da liberdade, até o dia clarear. Ai que vida boa (...)”[2]

É na cidade medieval, inserida no contexto do mal chamado “período das trevas”, onde nasce o carnaval como o conhecemos no ocidente, antecedendo o período da quaresma. Essa mesma cidade acolheu os servos que fugiam da opressão do feudo para se organizarem em corporações de ofício. O assalariamento, a grande indústria e o próprio capitalismo vieram em seguida e aniquilaram o associativismo e as relações forjadas até então com o espaço produzido. A cidade, gradativamente, reproduziu as contradições sistêmicas da nova ordem social, mercantilizou-se para ser vendida aos pedaços, um produto e não mais uma obra genuinamente humana. O privado se revoltou contra o público e a festa, antes na rua, torna-se fechada, privada.

Porém, a cidade, talvez a maior invenção da humanidade, recobra sua condição originária, ambiente da felicidade e da realização pessoal, lugar em que foi possível concentrar “os milagres da civilização moderna”[3] e atrair bilhões de pessoas em todo o planeta. Sem dúvida, a luta pela cidade possui hoje uma dimensão revolucionária e, por que não, emancipatória. Um grande marxista[4] diria que o futuro da sociabilidade humana depende do futuro da sociabilidade urbana.

Nesse ponto retomamos o carnaval, na urgente luta pela cidade como cenário da festa, da felicidade, do encontro, a cidade como valor de uso e não mercadoria, coletivamente produzida, coletivamente apropriada. O carnaval de rua da cor à cidade cinza e poluída, faz da rua a continuidade da casa, tal como deve ser. Das janelas, velhas solitárias admiram os blocos, jovens atiram água sobre os foliões, crianças abrem os portões e vão à rua sem receio dos carros ou da violência. A privacidade silenciosa, seja no quarto ou no escritório, é contestada pelo som dos tamborins. O carnaval de rua também trás consigo contradições, pois é refém de uma sociedade cheia delas, mas isso não lhe retira a beleza e seu potencial.

Ouso dizer que uma revolução verdadeira também deve ter como horizonte imprimir a festa na cotidianidade do urbano, e o carnaval é uma grande festa. Em Belo Horizonte, o carnaval de rua permitiu em certa medida a (re)ocupação do espaço público, a socialização da gente e a contestação do poder constituído. Nem o reto do prefeito empresário, nem a coxinha da madrasta[5] restaram imunes.

Nessa mesma cidade, há quatro anos ocorre sob um viaduto o encontro massivo da juventude do morro e do asfalto em duelos de hip hop, nos quais há duras batalhas sem qualquer violência[6]. Os indignados com os impactos da copa do mundo promovem “peladas” em praças públicas. Mas durante o carnaval as manifestações artísticas e políticas foram embelezadas com purpurina, fantasias e tambores. Os blocos, organizados sem patrocinadores oficiais, ganharam as ruas e fizeram milhares de pessoas experimentar a cidade como valor de uso. Ah! E como foi bom...

Mas é preciso estar atento! “Os moralistas querem impor sua conduta”[7]. Para ser mais direto, o capital almeja mercantilizar a festa, apropriá-la como grande negócio e conferir ao carnaval um rentável valor de troca, seja dentro ou fora do eixo. Em alguns lugares, o humano coisificado em muros separa os foliões brancos das pipocas pretas. Noutras cidades, paga-se pelo ingresso, pelo desfile, pela transmissão exclusiva, enquanto milhões prestigiam passivos pela TV.

De todo modo, em nossa cidade, (re)nasce algo diferente, ainda imune à restrita lógica da reprodução ampliada. O recente fenômeno segue estritamente vinculado à rua, ao ambiente público (re)apropriado pelas pessoas, com fantasias e apetrechos, invertendo os sexos, as morais e as leis. A polícia não sabe o que fazer, pois os citadinos não estão bravos, mas sorrindo, não brigam, beijam-se libertinos, não portam armas, mas tambores, pirulitos e flores, além do que, não são apenas negros, são de todas as cores – e quantas cores!

Se liga, autoridade! Para um povo que fez da praça privatizada uma linda Praia, não é impossível fazer da cidade uma linda festa, onde caibam todos e todas!


___________________

[1] Militante das Brigadas Populares que pulou, amou e fez política no inesquecível carnaval (não oficial) de Belo Horizonte.

[2] Música Vai passar, composição de Chico Buarque.

[3] ENGELS, Friederich. A questão da habitação. São Paulo: Acadêmica, 1988.

[4] PAULA, João Antônio de. As cidades e A cidade e a universidade, in As cidades da cidade. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

[5] Referência às marchinhas da Praia da Estação e da Coxinha da Madrasta.

[6] Referência ao Duelo de MC’s promovido pelo Coletivo Família de Rua, debaixo do viaduto Santa Teresa, em Belo Horizonte, toda noite de sexta-feira, sem qualquer apóio da Prefeitura.

[7] Marcha do bloco da Alcova Libertina.








Dizer o quê?

26 de fev. de 2012

Carnaval em BH: então brilha!

SOMOS TODOS PINHEIRINHO: Eduardo Suplicy

21 de abril: Belo Horizonte estará nas Ruas contra a corrpução!



Nome aos Bois:

Ranking dos Partidos mais Corruptos desde 2000 segundo TSE:

1º) DEM (69);
2º) PMDB (66);
3º) PSDB (58);
4º) PP (26)
5º) PTB (24);
6º) PDT (23);
7º) PR (17);
8º) PPS (14);
9º) PT (10);
10º) PV, PHS, PRONA, PRP (1)

Ranking dos Não-Corruptos mas que compactuam e fazem coligações com os corruptos:

PC do B, PSB, PMN, PPL, PT do B, PRTB, PTN, PTC, PSC, PSDC, PSL, PRB, PSD.

Carnaval em BH 2012: quando as montanhas de Minas se movem...

PPP na COPASA


24 de fev. de 2012

SOMOS TODOS PINHEIRINHO!! Mas, alguns ainda não sabem disto: CORONEL QUE COMANDOU O MASSACRE FOI CONDECORADO PELA PM DE SP



O Coronel Messias, que comandou a desastrosa operação de despejo do Pinheirinho, recebeu na última semana uma condecoração da Polícia Militar de São Paulo.

Trata-se da Medalha Paul Balagny, destinada a personalidades que "tenham se destacado por relevante contribuição às ciências, letras, artes e cultura, resultando em benefício à Policia Militar do Estado de São Paulo". A contribuição do referido Messias pode ser vislumbrada nas duas fotos acima.

O evento ocorreu dia 9/2, menos de 20 dias após o massacre, no Anhembi.

É importante lembrar que ainda existem 5 pessoas desaparecidas desde o despejo, sendo procuradas por seus familiares: Josefa de Fátima Jerônimo / Gilmara Costa do Espírito Santo, Beto (esposo) e Lucas Costa do Espírito / Mateus da Silva. Há ainda o caso de Ivo Teles dos Santos – 75 anos. Ficou desaparecido por 9 dias, sendo encontrado na UTI de Hospital de São José, com traumatismo craniano, devido a agressões. Está ainda em estado grave.

É necessário denunciar este fato vergonhoso.

23 de fev. de 2012

Criolo: em entrevista com Marília Gabriela







Criolo: Cálice

SOMOS TODOS PINHEIRINHO: PSTU quer Conselho Nacional de Justiça investigando caso de Pinheirinho


O presidente do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) José Maria de Almeida, o Zé Maria, considera indispensável que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apure os fatos relacionados à ordem de reintegração de posse da área de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), em janeiro. Para Zé Maria, a ação policial deveria ter sido paralisada, já que havia duas ordens judiciais conflitantes envolvidas.

Em audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta sexta-feira (23), o presidente do PSTU sugeriu que o colegiado acione o CNJ, para investigar o caso. Para Zé Maria, antes de qualquer coisa era necessário solucionar a divergência entre as duas esferas judiciais que se manifestaram no caso - a ordem de desocupação expedida pela juíza da 6ª Vara Cível de São José dos Campos, Márcia Loureiro, e a liminar da Justiça Federal que suspendia essa decisão.

Zé Maria, que foi um dos convidados da audiência, disse que fatos anteriores também geram dúvidas sobre a decisão da juíza Márcia Loureiro. Segundo ele, o advogado da massa falida que reivindica o terreno, por meio de ação judicial, já havia entrado com petição desistindo do mandato para a imediata reintegração de posse. Na sua avaliação, isso mostra que a juíza agiu de forma "mais interessada do que a parte interessada".

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SOMOS TODOS PINHEIRINHO:Alckmin, desembargador Sartori e Naji Nahas devem ser presos por crimes no Pinheirinho

O procurador do Estado de São Paulo Marcio Sotelo Felippe afirma que o governador Geraldo Alckmin, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ivan Sartori, e Naji Nahas devem ser presos pelos crimes cometidos contra a humanidade no Pinheirinho, em São José dos Campos, interior de São Paulo. O jurista, que já ocupou o cargo de procurador geral do Estado na gestão do governador Mário Covas, considera que o Tribunal Penal Internacional tem de expedir mandado de prisão contra os três. Ele analisou a documentação sobre o processo de falência da empresa Selecta do megaespeculador Naji Nahas e descobriu que toda a ação para expulsar milhares de pessoas no dia 22 de janeiro do Pinheirinho, quando a Tropa de Choque da PM invadiu a área, serviu única e exclusivamente para beneficiar o megaespeculador. Entrevista à repórter Marilu Cabañas.

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Carnavaliza BH




BH agora tem e terá carnaval!
Ocupar as praças, as ruas, a cidade!
Fazer alegria é também fazer política.
Tudo isto será conversado hoje, daqui a pouco, na tv.

Suplicy e Aloysio Nunes discutem em audiência sobre Pinheirinho

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se exaltou nesta quinta-feira (23) após a recusa do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) em participar de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos sobre a desocupação da área conhecida como Pinheirinho. Cerca de 1,5 mil famílias foram retiradas de suas casas no final de janeiro pela Polícia Militar de São Paulo e pela Guarda Municipal de São José dos Campos (SP) após autorização judicial.


Pierre Bourdieu: As duas faces do Estado


É possível falar em nome do bem público, do que é o bem público, e, ao mesmo tempo, apropriar-se dele. Esse é o princípio do “efeito Janus”: há pessoas que possuem acesso ao privilégio do universal, mas não é possível ter o universal sem ao mesmo tempo monopolizar o universal.

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NÃO AO ATO MÉDICO: Nova Mensagem de Manifesto



A mensagem questionando o PL do Ato Médico mudou. Confira abaixo nova mensagem destinada aos senadores da Comissão de Educação e Cultura (CE), onde o PL se encontra. Este momento exige o envio de um novo manifesto, mesmo para aqueles que já enviaram. Aproximadamente 5.500 emails foram enviados, de 06 até 17 de fevereiro, para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para enviar a nova mensagem, copie (Ctrl + C) e cole (Ctrl + V) o link a seguir no seu navegador: http://bit.ly/utd599 É hora de mobilização!


Aos excelentíssimos senhores e senhoras, Senadores e Senadoras,

Nós, psicólogos e psicólogas, estudantes e profissionais de saúde, unidos com o Conselho Federal de Psicologia, nos manifestamos mais uma vez contrariamente à aprovação do PL do Ato Médico. Afinal, este fere não somente uma profissão, mas sim todo um paradigma de saúde que nosso país conquistou arduamente ao construir o Sistema Único de Saúde (SUS) e que, com ele, fortalece a ideia de que a saúde é uma construção multisetorial, multiprofissional e interdisciplinar.

Este projeto, que teve origem no Senado Federal (nº 268 de 2002), passou por análise da Câmara dos Deputados e hoje encontra-se novamente no Senado, como SCD 268/2002, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), e ainda passará pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Em defesa aos princípios do SUS, do direito de escolha dos usuários dos serviços de saúde, e pelo trabalho multiprofissional, conforme já foi destacado, desejamos a rejeição do Projeto na Comissão de Educação, pois não há concordância entre os profissionais de saúde que o texto do substitutivo encontra-se pronto para votação da forma como está, pois fere os princípios do SUS e a autonomia das outras profissões de saúde.

Deixamos claro que não somos contra a regulamentação da Medicina, pelo contrário, pensamos que os médicos podem e devem trabalhar por isto como forma de a sociedade reconhecer a competência específica destes profissionais. Mas isto não pode ser feito em detrimento de qualquer outra profissão na área da saúde, que é o que acontecerá caso o projeto seja aprovado.

SOMOS TODOS PINHEIRINHO: União investiga origem da escritura de Pinheirinho


Cresce consumo de bebidas alcoólicas entre meninas




Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que, em algumas faixas etárias, meninas já consomem mais álcool que garotos. Segundo o estudo, 70% dos meninos entre 11 e 18 anos consomem bebidas alcoólicas. No caso das garotas, o percentual é de 40%. Quando a faixa etária é delimitada dos 14 aos 16 anos, as adolescentes bebem 16% mais do que os rapazes, sendo que aos 15 anos os garotos ainda bebem mais. Essa é a realidade não só de Minas Gerais, mas também do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Segundo o coordenador da pesquisa, o professor de farmacologia e adolescência na UFMG, Amadeu Roselli, o consumo de bebidas entre as mulheres, de maneira geral, começou a crescer a partir de 2005. “A mulher assumiu um novo papel social, adotando hábitos e riscos que eram típicos de homens”, explica. O médico Gérson Coelho, da Sociedade Brasileira de Pediatria, alerta que 46% dos adolescentes começam a beber em ambientes familiares. (O Tempo, p. 22 – Joana Suarez, 12/02/2012)

ESCCA em Minas Gerais


Em Minas, existem 133 pontos de exploração sexual infantil nas estradas

Levantamento divulgado dia 11 de fevereiro, sábado, no lançamento da Campanha de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil de Belo Horizonte em 2012, mostra que existem pelo menos 133 pontos de exploração sexual infantil nas rodovias federais que passam por Minas. Isso significa um ponto a cada 57 km de estrada. O cálculo considera a malha rodoviária federal do Estado com o tamanho de 7.600 km. A campanha é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Políticas Sociais e da Associação Municipal de Assistência Social. O número de casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, atendidos pelo serviço de assistência social de Belo Horizonte, passou de 741, em 2010, para 968 no ano passado – um aumento de 30%. A maioria dos casos registrados na capital (58%) são de abuso sexual dentro do ambiente familiar. A dificuldade de apuração é considerada a principal fragilidade do poder público no combate a esse tipo de crime, conforme aponta a secretária-adjunta municipal de Assistência Social, Elizabeth Leitão. "O maior desafio é conseguir punir o agressor", afirma. O objetivo da campanha lançada no sábado é sensibilizar a população para o problema e incentivar a denúncia. Entre as ações previstas pela campanha lançada ontem está a capacitação dos profissionais envolvidos na Copa 2014, como funcionários de hotéis, bares e restaurantes, que vão ser orientados sobre como lidar com a questão. (Hoje em Dia, p. 17 – Pedro Rotterdan e Carlos Calaes, 11/02/2012; O Tempo, p. 25 – Joana Suarez, 11/02/2012; Super Notícias, p. 10 – Joana Suarez, 11/02/2012)


David Harvey no Brasil: O enigma do capital e as crises do capitalismo

O geógrafo britânico David Harvey acaba de confirmar visita ao Brasil, a convite da Boitempo Editorial, para realizar as conferências de lançamento do livro O enigma do capital e as crises do capitalismo. Serão três dias de eventos em universidades de São Paulo e do Rio de Janeiro: na segunda-feira, dia 27/02, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) recebe Harvey no Teatro TUCA; na terça-feira, dia 28/02, é a vez da Universidade de São Paulo (FAU-USP); e na quarta-feira, dia 29/02, o autor marxista se apresenta na Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ).

Casa da América Latina



IV Encontro dos Movimentos Sociais de Minas Gerais

Bandeiras gerais do IV Encontro: trabalho (direito de greve; terceirização); educação; feminismo; contra o extermínio da juventude; contra o racismo; tarifas públicas (preço da passagem de ônibus; ampliação do metrô; tarifa de energia; etc.); reforma agrária; moradia; soberania (minério tem que ser nosso; contra as privatizações; defesa dos recursos naturais; preparação do Rio+20; etc.); saúde (contra as PPP´s em BH); contra a criminalização das lutas (contra a perseguição das empresas e do Estado).

27/02, 18:30, na sede do sindieletro, próxima Plenária AMPLIADA:
divisão de grupos de trabalho: articulação política e infra; comunicação e mobilização; cultura e mística.

Núcleos de Criação no Espanca!

Inscrições abertas para processos criativos coordenados por integrantes do espanca!

Em 2012, o espanca! coordenará três Núcleos de Criação abertos a artistas e estudantes de arte interessados em vivenciar um processo criativo coordenado por um integrante do grupo.

Cada Núcleo irá investigar questões relacionadas à arte contemporânea a partir de um tema proposto por um membro do espanca! e encerrará com a criação de um “objeto cênico”.

Mais do que uma oficina, os Núcleos de Criação pretendem efetivar o intercâmbio do espanca! com artistas belorizontinos, proporcionando experiências criativas coletivas que contenham elementos do trabalho desenvolvido pelo grupo, ao mesmo tempo em que viabilizam propostas individuais dos artistas que compõem o coletivo.

Os Núcleos 1 e 2 (coordenados por Marcelo Castro e Gustavo Bones) acontecerão nos meses de março e abril – as inscrições vão até 29/02. Para inscrever-se, o interessado deve enviar um breve currículo e uma carta de intenção para cursos@espanca.com, informando o "Núcleo" de seu interesse. Grace Passô coordenará o terceiro Núcleo de Criação em julho e agosto, as inscrições deverão ser feitas em junho.

Para saber mais a respeito de cada núcleo, acesse :

http://espanca.com/blog/nucleos-de-criacao/

Presidente Dilma desrespeita a 14ª Conferência Nacional de Saúde

A 14ª Conferência Nacional de Saúde aconteceu há menos de 3 meses e já é possível fazermos uma lista de medidas tomadas pelo Governo Dilma e pelo Congresso Nacional que desrespeitam suas deliberações. O maior problema aí não é, obviamente, somente o formal, de desrespeito às instancias do controle social do SUS, mas sim de prioridades. O governo e sua base aliada mostram novamente que seu compromisso é para com o pagamento de juros e para com a “governabilidade”, deixando em segundo plano o direito e o bem estar de milhões. Vejamos:

1) Carta de Brasília, ao final da 14ª CNS
Após importantes derrotas no debate contra a privatização da saúde no decorrer das Conferências Municipais, Estaduais e Nacional, governo lança Carta para mascarar defesa do SUS 100% estatal. Para mais informações acesse aqui, aqui, aqui ou aqui .

2) Regulamentação da EC 29
Foi aprovado na 14ª CNS as seguintes deliberações:
- Regulamentar a Emenda Constitucional – EC 29 de forma a definir a vinculação de percentuais mínimos do orçamento / Receita Corrente Bruta da união, dos Estados e dos Municípios para a Saúde, definindo em lei quais despesas podem ser consideradas como sendo da Saúde. Os percentuais mínimos devem ser de 10% para a união, 12% para os Estados e 15% para os municípios;
- Alcançar um mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Saúde, garantindo o investimento público.
No dia 6/12/2011 o Senado aprovou Projeto de Lei que regulamenta a EC-29, que foi sancionado pela presidenta Dilma em 13/01/2012. A Lei Complementar 141/2012 mantem o investimento da União vinculado à variação nominal do PIB, o que manterá o orçamento público destinado à saúde próximo ao valor atual de aproximadamente 3,5% do PIB brasileiro. Além de manter a sobrecarga de Estados e Municípios no financiamento público da saúde, chegamos a um trágico resultado. Após uma década de luta pela regulamentação da EC 29, que significava a oportunidade de garantir um financiamento adequado ao SUS – desde sua criação sofrendo o boicote do subfinanciamento – o saldo foi nenhum tostão novo para a saúde! Regulamentaram o que todos nós já sabemos ser insuficiente para a viabilidade de um sistema público e universal de saúde.

3) Desvinculação de Receitas da União (DRU)
A 14ª CNS havia retificado a deliberação contra a DRU e seu uso para diminuir ainda mais o financiamento da saúde.
O Governo conseguiu aprovar no Senado, em 20/12/2011 a prorrogação da DRU até 2015.

4) Mais cortes para a Saúde: 5,4 bilhões a menos para 2012

No início de fevereiro o governo anunciou um corte de aproximadamente 55 bilhões do orçamento da União. Como se já não bastasse o triste fim da regulamentação da EC-29, começamos 2012 com um corte de 5,4 bilhões no orçamento aprovado para a Saúde em 2012. O corte orçamentário tem como objetivo alcançar a meta de superávit primário para 2012.
Para acessar Carta do CNS à Dilma Roussef, criticando a medida, clique aqui.

5) Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
A 14ª CNS deliberou por “Rejeitar a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), impedindo a terceirização dos hospitais universitários e de ensino federais”.
No dia 15 de dezembro a presidenta Dilma assinou a criação da EBSERH, e no dia 28 de dezembro, seu estatuto.

6) Ministro é reeleito presidente do Conselho Nacional de Saúde
A 14ª CNS aprovou, por aclamação dos delegados na plenária final, uma moção em repúdio à eleição do ministro da saúde à presidência do Conselho Nacional de Saúde, por compreender que não existe lógica em a instância fiscalizadora ser presidida pelo fiscalizado.
No dia 14 de fevereiro de 2012 ocorreram novas eleições para a mesa diretora e presidência do Conselho Nacional de Saúde. Dessa vez não foi candidatura única, mas o ministro foi reeleito pelos conselheiros nacionais.

17 de fev. de 2012

SOMOS TODOS PINHEIRINHO

Adriano Diogo critica Folha por criminalizar PSTU e elogiar empresa

Um espetacular “selo verde” foi atribuído pelo jornal Folha de S. Paulo em parceria com a Fundação Schwab, à empresa Terra Nova e ao seu diretor André Albuquerque, que se consagrou Empreendedor Social em 2008.

Tal premiação visa incentivar as melhores iniciativas na área, considerando os aspectos de inovação, sustentabilidade, impacto social, abrangência e efeito multiplicador.

Ao ser agraciada com este “selo”, a Terra Nova passa a integrar a rede mundial de “Empreendedores Sociais de Destaque” da Fundação Schwab. E mais, o prêmio possibilita que a empresa tenha consultoria internacional gratuita.

Com esta premiação, promovida pela Folha de S. Paulo, André Albuquerque e a empresa Terra Nova podem ter adquirido uma referência por dois importantes jornalistas, no assunto que diz respeito à desocupação do Pinheirinho.

Um deles é Élio Gaspari, em sua coluna do dia 25 de janeiro de 2012, intitulada “Pinheirinho, estratégia da tensão”. O outro é Bernardo Mello Franco, em 05 de fevereiro de 2012, no artigo: “PSTU trava negociação e usa Pinheirinho para exercitar estratégia da ‘luta direta’”.

No mesmo domingo, 05 de fevereiro, André Albuquerque publicou artigo no jornalO Estado de S. Paulo, caderno Aliás, com o título: “Um outro Pinheirinho: Financiamento social pode fazer do combate à pobreza e ao déficit de moradias um bom negócio para todos”.

Não tenho nenhuma procuração do PSTU, ou de quem quer que seja, mas estou acompanhando o caso do Pinheirinho antes e depois da desapropriação. Acostumado a conviver com questões de ocupação de terra, desocupação e legalização fundiária, percebo, nos dois artigos, afirmações precipitadas.

BLOCO DA PRAIA DA ESTAÇÃO


Incêndio em penitenciária de Honduras: os guardas teriam ateado fogo em torno das celas

Agentes teriam espalhado gasolina em volta das celas e disparado com suas armas

O Cofadeh (Comitê de Familiares de Presos Desaparecidos de Honduras) afirmou nesta quinta-feira (16/02) que o incêndio na penitenciária de Comayagua foi causado pelos próprios policiais. De acordo com a organização, os agentes teriam espalhado gasolina em volta das celas e disparado com suas armas para iniciar o fogo, que causou a morte de pelo menos 354 detentos.

O grupo denunciou ainda que havia uma fuga planejada entre os presos e os próprios policiais, marcada para a noite da última terça-feira (14), pouco antes de o incêndio começar.

p>Por meio do depoimento de um detento sobrevivente, o Cofadeh afirmou que o plano incluía a fuga de 85 presos “que pagaram cada um cerca de 85 mil lempiras (cerca de R$ 7,6 mil)”. Os policiais então abririam os cadeados de algumas celas e os 85 envolvidos poderiam deixar o presídio vestidos de policiais.

No entanto, no momento em que os presos esperavam pelo cumprimento do acordo com os policiais, o fogo começou a consumir as instalações da penitenciária. O sobrevivente denunciou ainda que os bombeiros demoraram a entrar no presídio e que o diretor da penitenciária nem ao menos estava no local.

o PT dançou?? Assim tão rápido ?? ... melhor ficar atento ...

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), comunicou ontem à direção do PT que José Serra (PSDB) deve ser candidato e terá seu apoio na eleição municipal, informa reportagem de Bernardo Mello Franco e Vera Magalhães, publicada na Folha desta sexta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

O aviso frustra a articulação costurada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o prefeito se aliar ao petista Fernando Haddad e indicar o vice de sua chapa.

Educação não é Mercadoria!! Protesto contra 9,9% na PUC Minas


“Passei no vestibular, mas a faculdade é particular: livros tão caros, tanta taxa pra pagar. Meu dinheiro muito raro, alguém teve que emprestar”, diz o trecho do samba de Martinho da Vila, O pequeno burguês. O refrão da música foi cantado ontem por universitários da PUC Minas, no câmpus São Gabriel, num protesto carnavalesco contra o reajuste das mensalidades da instituição. Munidos de serpentina e confete, dezenas de estudantes sambaram ontem para cobrar da reitoria que revogue o aumento de 9,8% aplicado este ano. Eles questionamo fato de a correção ter superado em 50,76% a inflação oficial no período.

A PUC Minas informou ao Estado de Minas, por meio de sua assessoria de imprensa, que o reajuste considera a variação de preços da planilha de custos da instituição. Estava agendada para ontem uma audiência pública sobre o assunto, mas a reitoria antecipou aos organizadores do protesto que não compareceria. Por isso, um documento deve ser entregue aos representantes da instituição nos próximos dias.

O protesto dos estudantes teve início na semana seguinte ao anúncio oficial do aumento, quando os alunos ainda estavam de férias. Os organizadores do movimento criaram uma petição online para pedir esclarecimento sobre os novos valores da hora-aula, que teve 1,7 mil assinaturas (vale ressaltar que inclusive pessoas que não são matriculadas podem assinar). “Consideramos que essa taxa encontra-se completamente fora da realidade dos estudantes desta instituição, haja vista que o aumento salarial médio dos trabalhadores no ano de 2011 foi de 5,9%. Solicitamos que o reajuste das mensalidades seja revogado, e que se estabeleça, a priori, um diálogo com as instâncias do movimento estudantil acerca de tal medida”, diz o texto.

não ficou no tempo, presa na poeira

Meia-Verdade é diferente de Mentira

Luís Fernando Veríssimo e a Verdade






Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho deixando a água do riacho passar por entre os seus dedos muito brancos, quando sentiu seu anel de diamante ser levado pelas águas. Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que fora assaltada por um homem no bosque e que ele arrancara o anel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre um canteiro de margarida. O pai e os irmãos da donzela foram atrás do assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, e o mataram, mas não encontraram o anel de diamante. E a donzela disse:
- Agora me lembro, não era um homem, eram dois.
- E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo homem e o encontraram, e o mataram, mas ele também não tinha o anel. E a donzela disse:
- Então está com o terceiro!
Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante. E o pai e os irmãos da donzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram no bosque. Mas não o mataram, pois estavam fartos de sangue. E trouxeram o homem para a aldeia, e o revistaram e encontraram no seu bolso o anel de diamante da donzela, para espanto dela.
- Foi ele que assaltou a donzela, e arrancou o anel de seu dedo e a deixou desfalecida – gritaram os aldeões. – Matem-no!
- Esperem! – gritou o homem, no momento em que passavam a corda da forca pelo seu pescoço. – Eu não roubei o anel. Foi ela que me deu!
E apontou para a donzela, diante do escândalo de todos.
O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pescando, quando a donzela se aproximou dele e pediu um beijo. Ele deu o beijo. Depois a donzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o que era o amor. Mas como era um homem honrado, ele resistira, e dissera que a donzela devia ter paciência, pois conheceria o amor do marido no seu leito de núpcias. Então a donzela lhe oferecera o anel, dizendo “Já que meus encantos não o seduzem, este anel comprará o seu amor”. E ele sucumbira, pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra.
Todos se viraram contra a donzela e gritaram: “Rameira! Impura! Diaba!” e exigiram seu sacrifício. E o próprio pai da donzela passou a forca para o seu pescoço.
Antes de morrer, a donzela disse para o pescador:
- A sua mentira era maior que a minha. E eles mataram pela minha mentira e vão matar pela sua. Onde está, afinal, a verdade?
O pescador deu de ombros e disse:
- A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe. Mas quem a cria nisso? O pessoal quer violência e sexo, não histórias de pescador.

"O povo é matéria inflamável"

O filme francês "Adeus à Rainha", que abriu o Festival Internacional de Cinema de Berlim, mostrando os últimos dias da rainha Maria Antonieta, no Palácio de Versalhes, tem duas frases antológicas, ao tratar da Revolução francesa – o povo é uma matéria inflamável e o povo não quer só pão quer também o poder.

Filme "Adeus à Rainha" - Foto: Reprodução

Benoit Jacquod, no encontro com a imprensa, reconheceu a coincidência do filme com a situação de fim de ditaduras em países africanos com a Primavera Árabe.

Meteora e o amor proibido entre uma freira e um monge


Por amor a Deus, homens e mulheres isolam-se nos mosteiros e conventos de "Meteora". Mesmo assim, o filme Meteora, na competição em Berlim, mostra que o amor humano e a conjunção carnal são tentações capazes de resistir à água benta, ao incenso e aos cânticos gregorianos. Ícones, incenso, cânticos, velas e mulheres vestidas dos pés à cabeça com longos vestidos cobertos de mantas ou véus, que lembram o chador, pouco faltando para a burca muçulmana, assim é o filme, que mostra o mosteiro masculino e o convento ortodoxo feminino em Tessaly, no alto de montanhas quase inacessíveis a 550 metros de altura.


“A causa da crise financeira é a lógica do próprio capitalismo”

A crise que vivemos é mais profunda e bastante diferente da que conhecemos nos anos 1929 e 1930, afirma o professor François Houtart. Segundo ele, sua dimensão evidentemente está vinculada ao fenômeno da globalização. Porém, ressalta que a atual crise não é nova. Não é a primeira crise do sistema financeiro e muitos dizem que não será a última. Houtart acredita que o mais importante, e isso é diferente dos anos 1929 e 1930, é essa combinação com vários tipos de crises. E afirma: a causa fundamental da crise financeira é a lógica do próprio capitalismo. “A crise financeira é devida à lógica do capital, que tenta buscar mais lucros para acumular capital, que é, dentro dessa teoria, o motor da economia”.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Houtart fala também sobre as várias facetas desta crise, inclusive a crise alimentar, a qual, segundo ele, faz parte da mesma lógica. “A combinação da crise econômica com a alimentar é algo novo. Porém, são vinculadas”.

“O socialismo do futuro terá as cores das sociedades que por ele optarem”

“O mundo está num caos em conseqüência da crise global do capitalismo”. Assim, o jornalista e escritor português Miguel Urbano Rodrigues define o atual cenário mundial. Para ele, a crise atual do capitalismo é estrutural.
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Urbano diz que o grande capital pouco alterou as práticas criminosas e fraudulentas que originaram a crise. Para ele, a fatura é paga pelos trabalhadores que tiveram os seus salários brutalmente diminuídos e suprimidas conquistas históricas. Taxativo, afirma que as guerras fazem parte das alternativas imperialistas e que as agressões militares são sempre precedidas de uma campanha midiática de âmbito mundial. Embora avesso a profecias, Urbano acredita que o socialismo do futuro terá as cores das sociedades que por ele optarem de acordo com as suas tradições, cultura e peculiaridades de cada uma.

A única alternativa credível à barbárie capitalista é o socialismo. O capitalismo conseguiu superar desde o século 19 sucessivas crises. Desta vez, porém, enfrenta uma crise estrutural para a qual não encontra soluções. Os EUA, polo do sistema que oprime grande parte da humanidade, mostram se incapaze de controlar os colossais défices do orçamento e da balança comercial. Forjaram um tipo de contracultura monstruosa que pretendem impor a todo o planeta. Mas o declínio do seu poder é transparente e irreversível.

Por si só, as gigantescas reservas de dólares e os títulos do Tesouro norte-americano que a China e o Japão acumularam, estimados aproximadamente em dois mil bilhões de dólares, são esclarecedores da fragilidade da economia dos Estados Unidos, um colosso com pés de barro, hoje o país mais endividado do mundo.


Cidade síria de Homs tem os bombardeios mais violentos em 14 dias



A cidade rebelde de Homs (centro da Síria) era na manhã desta sexta-feira (17) alvo dos "bombardeios mais violentos em 14 dias" realizados pelas forças do regime, afirmou à "AFP" um militante na região. "São os bombardeios mais violentos em 14 dias. É incrível, é de uma extrema violência, nunca vimos algo semelhante. Disparam uma média de quatro foguetes por minuto", afirmou Hadi Abdullah, membro da Comissão Geral da Revolução Síria.

"Além dos bairros de Baba Amr e de Al Inshaat, os de Jaldiye e Bayyada são atacados nesta sexta-feira, quando os bombardeios contra estes bairros não foram tão intensos nos últimos dias", disse. Este militante informou que a aviação militar e os aviões de reconhecimento sobrevoavam Homs, acrescentando que se tratava de uma mobilização "sem precedentes".

Um vídeo divulgado por militantes na internet mostra um tanque disparando contra as residências, e em outro vídeo são ouvidos intensos bombardeios contra a cidade, chamada de "capital da revolução" pelos militantes.




Síria: conflito já matou 400 crianças desde março

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, informou que o conflito na Síria já matou pelo menos 400 crianças desde março, quando tropas do governo entraram em confrontos com manifestantes pró-democracia que pedem mudanças no regime do presidente Bashar al-Assad.

A porta-voz do Unicef informou nesta terça-feira, em Genebra, que alguns menores estariam sendo torturados e sofrendo violações sexuais na prisão. Ela também chamou a atenção para o agravamento da situação para as crianças desde o início dos bombardeios à cidade de Homs.

O diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, pediu o fim da violência contra crianças na Síria. Ele disse que as autoridades do país precisam permitir a passagem de ajuda humanitária.




Alunos protestam contra escola que barrou menina de cabelo azul em MG

Alunos do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) organizaram na tarde desta quinta-feira (16) um protesto na porta do colégio que impediu uma estudante de frequentar aulas na escola por ter pintado o cabelo de azul. O G1 foi até a escola tentar falar com o diretor ou algum responsável, mas na portaria do local a informação que prevaleceu é de que ninguém irá se manifestar sobre o assunto.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois de um desabafo da adolescente e do pai dela na internet. O manifesto recebeu apoio de várias partes do país. A adolescente de 16 anos foi impedida de assistir aula em Uberaba depois de pintar o cabelo de azul. A garota mudou a cor durante as férias e, na última segunda-feira (13), foi advertida pela direção da escola. Dois dias depois ela foi impedida de assistir aula. Nenhum representante do colégio quis falar sobre o assunto. A escola existe há 58 anos e conta com mais de três mil alunos.

Durante o manifesto os estudantes seguraram faixas com frases de protesto, eles também usaram adesivos tampando a boca simbolizando uma mordaça. Segundo a organizadora do movimento, a universitária do curso de Serviço Social da UFTM, Verônica Sousa Furtado, "o objetivo foi chamar a atenção para o preconceito dentro da escola e tentar mudar a mentalidade das pessoas".

Adolescente pintou o cabelo de azul e foi barrada em escola (Foto: Divulgação)
Adolescente pintou o cabelo de azul e foi barrada
em escola (Foto:Arquivo pessoal)

“O que o cabelo muda na vida de uma pessoa? A gente começou de manhã a se organizar para essa manifestação. Acreditamos que esse protesto pode pelo menos mudar a cabeça de um pouquinho de gente. Nas redes sociais, vimos que todos estão nervosos em relação ao assunto, mas ninguém tem coragem de fazer nada. Então a gente resolveu fazer esse protesto”, afirmou.

No momento do protesto os alunos do colégio não estavam participando da manifestação, segundo Verônica muitos estavam com medo de serem repreendidos.

“Os alunos do colégio falaram para nós que não iam falar nada com medo de serem expulsos. Isso está pior do que uma escola militar. Que isso, que liberdade é essa? O que adianta uma escola colorida com uma alma negra igual eles têm? Tudo bem que escolas têm regras e tudo, mas não está no contrato, não está em lugar nenhum falando o que pode e o que não pode”, finalizou.