21 de mar. de 2007

... E Lacan


Esse (eu), com efeito, que deve advir lá onde isso estava, e que a análise nos ensina a avaliar, não é outra coisa senão aquilo cuja raiz já temos nesse (eu) que se interroga sobre o que quer. Ele não é apenas interrogado, mas, quando progride em sua experiência, coloca a si mesmo essa questão, e a coloca precisamente no lugar dos imperativos frequentemente estranhos, paradoxais, cruéis que lhe são propostos por sua experiência mórbida. (LACAN, 1959/1997, p. 16)
Recurso gráfico utilizado no texto original para dizer do eu (je) e distingui-lo do eu (moi). Tal qual Lacan faz em O seminário - livro 2 de 1954.



O passo dado pela psicanálise, seguramente, foi o de fazer-nos afirmar que o sujeito não é unívoco (...) o sujeito é posto diante desse véu que se exprime pelo ou não penso, ou não sou. Ali onde penso não me reconheço, não sou – é o inconsciente. Ali onde sou, é mais do que evidente que me perco. (LACAN, 1970, p. 96)


fracassará toda intervenção que se inspirar numa reconstituição pré-fabricada, forjada a partir de nossa idéia sobre o desenvolvimento normal do indivíduo, e visando à sua normalização - eis o que faltou a ele, eis o que deve aprender a suportar de frustração, por exemplo (LACAN, 1954, p. 61).

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