4 de dez. de 2006
Nada ao nada?
25 de nov. de 2006
só
13 de nov. de 2006
2 de nov. de 2006
Sagrado Leminski
1 de nov. de 2006
31 de out. de 2006
hermética madrugada
na tela
os quadrados em branco se sobrepõem.
fazem tela pacientes.
quem sabe a palavra vem?
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24 de out. de 2006
22 de out. de 2006
E naquela sala qualquer tempo seria pouco. Mas suficiente para o encanto.
Antônio Torres nasceu no dia 13 de setembro de 1940 num lugarejo chamado Junco (hoje município de Sátiro Dias), na Bahia. Aos 20 anos, em São Paulo, foi chefe de reportagem de esportes do jornal "Última Hora". Redator de publicidade desde 1963, trabalhou em algumas das principais agências do País, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Sua estréia literária se deu com o romance "Um Cão Uivando nas Trevas", publicado em 1972. Em seguida, viria a publicar mais quatro romances: "Os Homens dos Pés Redondos" (1973), "Essa Terra" (1976), "Carta ao Bispo" (1979), "Adeus, Velho" (1981), "Um Táxi para Viena D´Áustria" (1991), "Balada da Infância Perdida" (1996), "O Cachorro e o Lobo" (1997) e "Meu Querido Canibal" (2000), entre outros. Pelo conjunto de sua obra, foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, em 2000.
http://www.releituras.com/antoniotorres_menu.asp
MARÇAL AQUINO
Marçal Aquino nasceu em 1958 na cidade de Amparo (SP). Jornalista, trabalhou como revisor, repórter e redator nos jornais “O Estado de S.Paulo” e “Jornal da Tarde”. Atualmente, trabalha como jornalista free-lancer. Escreve ficção adulta e juvenil, faz roteiros para o cinema, tendo atuado como consultor no IV Laboratório de Roteiros Sundance/RioFilme, a convite do Sundance Institute, dos E.U.A., em 2002.Alguns dos trabalhos do autor:Prosa:O invasor.Faroestes.O amor e outros objetos pontiagudos(Prêmio Jabuti 2000).As fomes de Setembro (Prêmio V Bienal Nestlé de Literatura – Conto (1991).Miss Danúbio(Prêmio do Concurso de Contos do Paraná).Cabeça a prêmio.Famílias terrivelmente felizes.Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábiosPoesia:Abismos – Modo de usar.Por bares nunca antes naufragados.Juvenis:O mistério da cidade-fantasma.O jogo do camaleão.O primeiro amor e outros perigos.A turma da rua Quinze.Coleção Sete Faces.Roteiros de cinema:Os matadores.Ação entre amigos.O invasor.Nina.
http://www.releituras.com/maquino_menu.asp
NOEL ROSA CANTADO POR MISTURA FINA
21 de out. de 2006
Marcelo Ferrari: Não leia poesia
(ê)tresser
20 de out. de 2006
Meninos, eu vi
I - JUCA PIRAMA
Gonçalves Dias
No meio das tabas de amenos verdores,
São rudos, severos, sedentos de glória,
As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,
No centro da taba se estende um terreiro,
Quem é? – ninguém sabe: seu nome é ignoto,
Por casos de guerra caiu prisioneiro
Acerva-se a lenha da vasta fogueira
Em tanto as mulheres com leda trigança,
Em fundos vasos d’alvacenta argila
O prisioneiro, cuja morte anseiam,
A dura corda, que lhe enlaça o colo,
Contudo os olhos d’ignóbil pranto
Mas um martírio , que encobrir não pode,
Que tens, guerreiro?
Folga morrendo; porque além dos Andes
Rasteira grama, exposta ao sol, à chuva,
Que foi?
Que temes, ó guerreiro?
Em larga roda de novéis guerreiros
"Eis-me aqui", diz ao índio prisioneiro;
Vem a terreiro o mísero contrário;
Meu canto de morte,
Da tribo pujante,
Sou bravo, sou forte,
Já vi cruas brigas,
Andei longes terras
E os campos talados,
Aos golpes do imigo,
Meu pai a meu lado
O velho no entanto
Então, forasteiro,
Eu era o seu guia
Ao velho coitado
Não vil, não ignavo,
Soltai-o! – diz o chefe.
Timbira,
– Acaso tu supões que me acobardo,
– Mentiste, que um Tupi não chora nunca,
Sobresteve o Tupi: – arfando em ondas
– Filho meu, onde estás?
E a dolorosa maciez das plumas
– Tu prisioneiro, tu?
– Na direção do sol, quando transmonta.
"Por amor de um triste velho,
"Eu porém nunca vencido,
– Nada farei do que dizes:
Do velho Tupi guerreiro
"Tu choraste em presença da morte?
"Possas tu, isolado na terra,
"Não encontres doçura no dia,
E entre as larvas da noite sombria
"Que a teus passos a relva se torre;
"Sempre o céu, como um teto incendido,
"Um amigo não tenhas piedoso
I
Isto dizendo, o miserando velho
De guerreiro e de pai: – vale, e de sobra.
A taba se alborota, os golpes descem,
E os sons dos golpes que incessantes fervem,
Era ele, o Tupi; nem fora justo
– Basta! Clama o chefe dos Timbiras,
O guerreiro parou, caiu nos braços
"E pois que o acho enfim, qual sempre o tive,
Um velho Timbira, coberto de glória,
"Eu vi o brioso no largo terreiro
"Eu disse comigo:
Assim o Timbira, coberto de glória,
2 de out. de 2006
SEM PALAVRAS. QUASE.
Para Joel Velasco, "uma eventual vitória de Alckmin ofereceria mais oportunidade para reformas, o choque de gestão do qual ele vem falando é algo que investidores gostam de ouvir".
ChancesNuno Camara, economista-sênior para a América Latina do banco Dresdner Kleinwort, compartilha da surpresa positiva em relação ao desempenho do candidato do PSDB, mas acrescenta que é preciso ver nas próximas semanas se existem chances concretas de que Alckmin venha a superar Lula.
"A vitória dele seria algo bom, mas não sei quão provável seria de ocorrer. Temos de ver as pesquisas nas próximas semanas. Mas seria uma excelente notícia porque ele é alguém mais afinado com os ideais do mercado", afirma..."
http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1169154-EI6652,00.html
Se o penhor dessa igualdade
Ó Pátria amada,Idolatrada,
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
Gigante pela própria natureza,
Terra adorada
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Do que a terra mais garrida
Ó Pátria amada,Idolatrada
Brasil, de amor eterno seja símbolo
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Terra adorada
SOBREVIVEMOS ANTES.
NÃO SERÁ DIFERENTE DESTA VEZ.
1 de out. de 2006
PASSOU DO PONTO
Li hj em um site: A MAIOR ELEIÇÃO DE TODOS OS TEMPOS.
me perguntei? COOOMO ASSIMMM??? a minha esperança (quase poliônica) me disse que ainda teremos esta aí.
Porque cá entre nós: o Lula ganhar esta eleição é SINTOMÁTICO: nos recusamos a ver a realidade. é a própria piada do marido traído que fica parado na frente do motel se perguntando o que a esposa está fazendo lá dentro com aquele cara barbado.
MILHÕES parados na frente da tv observando o marido dizer: EU NÃO SABIA. Não sabia que era um motel? não sabia que o homem ao lado da esposa no carro não era ele mesmo? não sabia o que?
pqp.
Fui reler isto aqui e pensei: nóóó..eu escrevi a piada do marido traído. SERÁ? (foi um ataque de polionisse)...aí me dei conta: não há marido traído que não saiba que foi traído. ELE sabe. SEMPRE sabe. (ele = o sujeito. pode ser a esposa também heim...rsrs..vamos manter a questão de gênero em dia)
Eu espero que UM DIA (sim, eu sei que a minha esperança é quase poliônica) eles sintam vergonha. E que o povo tome vergonha.
LEGENDA:
POLIONISSE/POLIÔNICA = POLIANISSE/ POLIÂNICA
POLIONE = POLLYANA em uma piada antiga e particular.
28 de set. de 2006
26 de set. de 2006
Tatu
para quê tanto disto?
por que tudo isso?
e se não sabe praquê,
ainda tem porquê?
e se acabar o por que........
sobra o quê?
21 de set. de 2006
Entre os dois? os dois.
de gramática e redação
Os acadêmicos não são deuses
pra decidir quem é bom ou não
Danem-se os verbos e suas regras de conjugação
Esses se acham padres
capazes de dar sermão
A literatura é cristo,
um santo que estende a mão
Um poço de sabedoria,
sem limite para o perdão
Pregadores são os que escrevem
relatando o seu tormento
e fingem não ser seu o sofrimento
A poesia é anjo
que chega e comunica
que ensina o amor novo
e apaga a chaga antiga
(Estrela Leminski)
http://www.olhares.com/galerias/asmaisvistas.php
Bem que me disseram.
Avisar? Tentaram.
É no tropeço em vão de céu
que o pouco parece nada,
que tudo se me vai.
Que o que fica,
não é.
Mas resta.
5 de set. de 2006
quis ser poeta
virei escriba
Manoel de Barros.
Aqui a palavra desencontra as fórmulas e as firulas:
O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa liberdade com a luxúria convém. (o guardado de águas - 63)
Passado o susto. Vem outro:
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou. (livro sobre nada - 67)
E quando nos apaixonamos e corremos a solicitar direito de posse, Manoel escorrega e avisa:
O poema é antes de tudo um inutensílio.
Hora de iniciar algum
Convém se vestir roupa de trapo.
Há quem se jogue debaixo do carro
Nos primeiros instantes.
Fez bem uma janela aberta
Uma veia aberta.
Pra mim é uma coisa que serve de nada o poema
Enquanto vida houver.
Ninguém é pai de um poema sem morrer (Arranjos para assobio - 25)
Poesia não tem dono. Nem prumo. Num rumo. É inutensílio.
Mas tudo se esclarece logo. É que:
Minhocas arejam a terra; poetas, a linguagem. (livro de pré-coisas -59)
Simples assim.