ó sinhô
se vim foi pra dizer
que num tem palavra, não.
num teve linha que fizesse nó.
agulha tomou ferruge na caixola.
da mão, só restou aceno de adeus
ó sinhô,
ieu sei que foi prometido
e que cumbinado num é caro
mas o sinhô há di intendê
que só sabe de todas as linhas do amanhã
aquele que sabe também todas as de ontem.
ieu fiquei de contar
fiquei de pensar
fiquei de explicar
mas que vou fazer?
explicação não tem
pensar já parou
contar é demais.
eu vim foi para dizer
tem palavra não.
vou voltar lá
ficar só no viver.
o que posso prometer
é que se acaso um dia
aparecer letra que faça ponto
aqui voltar e palavrear
(Liliane M. A. Silva)
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