25 de jul. de 2008

Palavra Escrita. Palavra falada. Escutar o inconsciente


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Curso de Extensão em Psicanálise e Literatura
Preparando as aulas:

(BRANDÃO, R. S. 2001): "para falar do sujeito que escreve, não o indivíduo totalizante que se pretende senhor de seu castelo, de sua escrita, deve-se pensar numa escrita-inscrição, em que ele se constitui, não de forma definitiva, pois o escrever se confunde com o viver, pela via do desejo"
"A fixidez do fantasma e da ficção não teriam parentescos e diferenças, cuja abordagem exigiria gestos de extrema delicadeza que a interpretação poderia violentar?"
"se um texto é escrito na primeira pessoa, o "eu" que aí se exibe não se confunde necessariamente com o autor de carne e osso que parece sustentar esse "eu". O personagem que aí se apresenta é de diversa textura do "eu" de cada um de nós que também se representa no seu discurso, na sua condição de sujeito cindido. O "eu" que o psicanalista ouve tem diversa textura, coloca-se em outro lugar, como presença que pulsa, aqui e agora"

"a experiência da angústia se caracteriza por um impossível dizer, pelo silêncio de chumbo, que impede a voz. A literatura, como momento posterior a ela, é o que lhe dá voz e possibilidade de alívio na elaboração ficcional que se dá na cena da escritura."

(DURAS, M. 1994):
"Estar sozinha com o livro ainda não escrito significa estar ainda no primeiro sono da humanidade. É assim. È também estar sozinha com a escrita não semeada. Tentar não morrer por isso. Estar sozinha em um abrigo durante a guerra. Mas sem preces, sem Deus, sem qualquer pensamento"

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