10 de ago. de 2008

Seminário sobre a obra da Jacques Lacan

Caros participantes do Seminário de Quinta,

Neste semestre nossos encontros serão semanais, concentrando-se nos meses de agosto e setembro. Dando prosseguimento à hipótese de uma psicopatologia não-toda e ao trajeto de discussão sobre a razão diagnóstica em psicanálise (conforme nossa pesquisa junto ao Latesfip), vamos examinar neste semestre algumas condições clínicas cujo estatuto diagnóstico apresenta-se oscilante, indeterminado ou incerto, do ponto de vista da diagnóstica estrutural. Segundo a aplicação das categorias lógicas da sexuação à razão diagnóstica procuramos os casos paradigmáticos para: (a) universalidade das estruturas, (b) excepcionalidade das patologias do supereu, (c) não-totalidade das formas de gozo e (d) condicionalidade das patologias do narcisismo.

Quintas feiras, das 12:30 às 14:00.

Instituto de Psicologia da USP – Bloco de Aulas – Sala 12

Aberto, Público e Gratuito.

Mais informações: chrisdunker@usp.br ou (3887-0781)

Programa

14 de agosto: A diagnóstica dos discursos: inclusão, exclusão e excepcionalidade

Lacan, J. – Da mais valia ao mais-de-gozar. In O Seminário – livro XVI, Jorge Zahar, Rio

de Janeiro, 2008.

21 de agosto: Déficit de Atenção com Hiperatividade: pertencer e fazer parte

Silva, A.B. – Mentes Inquietas. Editora Gente São Paulo, 2003.

Lacan, J. – O fato e o dito. In O Seminário – livro XVI, Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2008.

28 de agosto: A diagnóstica do narcisismo: aposta, condicionalidade e implicação

Lacan, J. – A Aposta de Pascal. In O Seminário – livro XVI, Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2008.

04 de setembro: A depressão como avesso da transferência

Fedida, P. – Sobre a importância da psicopatologia para a psicoterapia. In Os Benefícios da Depressão. Escuta, São Paulo, 2002.

Lacan, J. – A Aposta de Pascal. In O Seminário – livro XVI, Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2008.

11 de setembro: A diagnóstica do gozo: não-sem, não-todo, não-outro

Lacan, J. – Saber Gozo. In O Seminário – livro XVI, Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2008.

18 de setembro: A perversão ordinária como semblante do não-todo

Kristeva, J. – Para que servem os psicanalistas em tempo de desgraça que se ignora. In As Novas Doenças da Alma, Rocco, Rio de Janeiro, 2002.

Lacan, J. – A clínica da perversão. In O Seminário – livro XVI, Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2008.

25 de setembro: O obsessivo e a histérica: falso universal ?

Lacan, J. – Aporias e Respostas. In O Seminário – livro XVI, Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2008.

8 de ago. de 2008

Palavra Escrita. Palavra falada. Escutar o inconsciente


O jardim das delícias - Bosch

Preparando as aulas
ALCOFORADO (junho de 1668):
"vivi muito temo em um abandono e uma idolatria que me horrorizam, e os meus remorsos perseguem-me com um rigor insuportável.
sinto vivamente a vergonha dos crimes que me fizeste cometer, e falta-me, ai de mim! a paixão que me estorvava o conhecimento da enormidade deles...
quando deixará o meu coração de ser dilacerado?
quando me verei eu livre deste embaraço cruel?
contudo creio que não te desejo mal algum, e que me resolveria a consentir que fosses feliz
(...)
Era jovem, era crédula, tinham me encerrado desde a infância neste convento; aqui não tinha visto senão gente desagradável; jamais tina ouvido louvores que me davas continuadamente; parecia-me que te devias os atrativos e a beleza que dizias admirar em mim, e que me fazias conhecer; ouvia dizer muito bem de ti; todos me falavam em teu favor, tu fazias tudo para espertar o amor ..."

CASTELO BRANCO (2004):
"a escassa teoria já desenvolvida em torno da possível dicção feminina mais complica do que esclarece. Ao tentar definir a ambiguidade e o mistério femininos, que porventura se refletem na produção literária de mulheres, as teorias fazem-se também nebulosas e pouco verificáveis. Os julgamentos acabam por recair nas esferas do 'sentir' e do 'pressentir', e tais atitudes nunca mereceram muito crédito perante as sérias e embasadas da crítica tradicional. Talvez só o 'despertar da ânima adormentada", proposto por Natália Correa (1983, p. 47-50), nos resgate essa capacidade.
É assim que, anímica ou 'femininamente', como querem alguns, decidi perseguir os rastros da dicção feminina"

7 de ago. de 2008

O Ensino Superior no Brasil

Apenas 20 instituições privadas de ensino superior concentram 32% dos cursos 1 e 2 que serão vistoriados pelo Ministério da Educação (MEC). Algumas são conhecidas na lista dos piores cursos do País, como a Universidade Presidente Antonio Carlos (Unipac), de Minas, e o Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac).

A campeã da lista, no entanto, é uma das maiores instituições privadas do País, a Universidade Paulista (Unip), que vai passar por vistoria em 26 cursos de 7 das 13 áreas avaliadas. Por nota, a Unip justificou que a baixa pontuação pode ser explicada pelo pouco empenho do aluno na resolução da prova, já que a nota obtida por ele não constará no histórico escolar.

Duas das instituições, a Unipac - com 17 cursos na lista - e a Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), com 14, apareceram na lista há três anos porque seus cursos estavam sendo contestados pelo MEC.Um artigo da constituição estadual de Minas determinou que as instituições privadas do Estado fiquem sob a jurisdição do Conselho Estadual de Educação (CEE), quando deveriam responder ao Conselho Nacional.

O MEC contesta o Estado em ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal que até agora não foi julgada. Enquanto isso, as instituições continuam se expandindo - agora para fora do Estado - com autorização do CEE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.